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Bruno Cesar Barbosa

    • É Doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e Pós-Doutorando no Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, na Universidade Estadual de Campinas. Relizou estágio de pesquisa no exterior no Centro em Rede de Investigação em Antropologia, em Lisboa, Portugal. Suas pesquisas se encontram na interface entre Antropologia da Ciência e Estudos de Gênero e Sexualidade, na busca do entendimento do papel da ciência na produção de categorias e convenções de gênero e sexualidade, em especial da medicina e da psicologia na construção de modelos de subjetividade. Atualmente realiza uma pesquisa de pós-doutorado sobre a produção de conhecimento sobre "pessoas trans" através das controvérsias em torno do direito aos procedimentos médicos de transformações corporal do sexo. Procura-se compreender como este conhecimento é co-produzido na relação, por vezes tensa, entre ciência, ativismo, reivindicação de direitos pelos movimentos sociais e produção de políticas públicas.

       

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  • Artigos completos publicados em periódicos: 3
    • BARBOSA, B. C. . O Brasil 'travesti': percursos e percalços das noções de travesti e transexual História Agora , v. 16 , p. 5 - 33 , 2013. ISSN: 1982209X.
    • BARBOSA, BRUNO CESAR . 'Doidas e putas?: usos das categorias travesti e transexual Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) , v. 2013 , p. 352 - 379 , 2013. ISSN: 19846487.
    • BARBOSA, B. C. . Sujeitos, convenções e diferenças em narrativas: sobre Carla, Bárbara e Renata Cadernos de Campo (USP. 1991) , v. 19 , p. 47 - 68 , 2010. ISSN: 01045679.
    • BARBOSA, B. C. . Nômades da Norma: corpo, gênero e sexualidade em travestis de diferentes gerações. In: Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder , 2008 , Florianópolis. Anais do Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. : , 2008.
    • BARBOSA, B. C. . Transglobalização e culturalismo travesti. 2016 (Seminário)
    • BARBOSA, B. C. . Transglobalização e culturalismo travesti: globalização e diversidade cultural na produção de categorias relacionadas às transformações corporais do sexo. 2016 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . Um Brasil 'travesti': Diferenças entre travestis e transexuais nas ciências sociais. 2013 (Congresso)
    • BARBOSA, B. C. . 'Mas quem é trans?': usos das categorias travesti, transexual e trans no contexto da militância. 2012 (Congresso)
    • BARBOSA, B. C. . Names and Differences: An Ethnography of the Uses of the Categories 'Travesti' and 'Transexual. 2011 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . Subjects, conventions and differences: an ethnographic of debates around public health policies for travestis and transsexuals. 2011 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . Doidas e Putas: Diferenças em Debate. 2010 (Congresso)
    • BARBOSA, B. C. . Entre Nômades: Gênero, sexualidade e idade e o uso de convenções entre travestis. 2009 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . Entre Nômades: Gênero, Sexualidade e Idade e o uso de convenções entre travestis. 2009 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . "Nômades da Norma": Corpo, gênero e sexualidade em travestis de diferentes gerações. 2008 (Simposio)
    • BARBOSA, B. C. . Os desafios da Avaliação Formativa no Ensino Fundamental: Apontando outros caminhos e elementos para investigação.. 2007 (Comunicacao)
    • BARBOSA, B. C. . Seminários do Núcleos de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença. 2011 (Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença/USP)
    • BARBOSA, B. C. . Deficiências e questões trans: saberes, direitos e políticas. 2016 (Núcleo de Estudos de Gênero Pagu)
    • Nome do projeto: Imaginando trans: saberes e ativismos em torno das regulações das transformações corporais do sexo (2010 - 2015
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: BARBOSA, B. C. .
      Descrição: Através do trabalho de campo e de análise bibliográfica e documental durante os anos de 2010 a 2014, esta pesquisa teve por objetivo compreender a produção das categorias travesti, transexual, trans e transgênero a partir das relações entre saberes e ativismos. Tomei como fio condutor os debates em torno das regulações das transformações corporais do sexo, argumentando que estas discussões são uma importante porta de entrada para o entendimento das relações entre movimentos sociais e especialistas, assim como da circulação transnacional e possíveis particularidades construídas acerca dessas categorias no Brasil. Na análise dos especialistas apresentei tensões entre os saberes biomédicos e os saberes sociais. Argumentei como os especialistas constroem suas versões de sujeito que orientam sua prática profissional a partir métodos e teorias diferentes, produzindo efeitos políticos e relações entre noções de (des)patologização, autonomia e sofrimento. Na análise dos ativistas apresentei como o uso do termo trans é polissêmico, sobretudo se pensarmos suas possíveis articulações com as categorias de travesti, transexual, homens, mulheres e pessoas. Discuti o surgimento de um culturalismo travesti como uma forma de politizar certa noção de cultura como núcleo da identidade travesti. Este culturalismo travesti produz a possibilidade de se constituir uma identidade com orgulho, conjuntamente com noções de nação brasileira, constituindo-se como uma contraposição e interlocução ao que chamei de transglobalização, um processo de espraiamento global das categorias transexual, trans e transgênero.
    • Nome do projeto: Nomes e Diferenças: uma etnografia dos usos das categorias travesti e transexual (2008 - 2010
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: BARBOSA, B. C. , Simões, J.A. .
      Descrição: O objetivo deste trabalho foi discutir os usos das categorias travesti e transexual, referidas a identidades sexuais e de gênero, com base em observações e entrevistas realizadas entre 2008 e 2009 com participantes das reuniões denominadas Terças Trans, que ocorrem quinzenalmente no Centro de Referência em Diversidade (CRD) um equipamento social direcionado para LGBT na cidade de São Paulo. Procurei explorar duas frentes de análise. A primeira concentrou-se nos resultados de observação das interações e debates entre os participantes, durante as reuniões, especialmente no que diz respeito ao modo como se elaboram as diferenças entre travestis e transexuais. A segunda concentrou-se nas narrativas de história de vida de três participantes, que refletem sobre suas vivências de sexualidade e gênero. Embora as convenções do discurso médico sejam referências centrais para a definição de corpos, subjetividades e identidades das pessoas pesquisadas, foi possível observar também uma variedade de reelaborações e deslocamentos de sentidos nas trajetórias biográficas e na produção das identidades, que têm relação direta com as situações sociais vividas no presente e com os variados contextos de interlocução. Procuro desenvolver o argumento de que travesti e transexual são categorias performativas, e que tal performatividade não se esgota apenas em enunciados de gênero e sexualidade, mas também podem ser expressas por meio de articulações contingentes que remetem a diferenças de classe, cor/raça e geração.
    • Nome do projeto: Raça, etnicidade, sexualidade e gênero em perspectiva comparada (2009 - 2009
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: BARBOSA, B. C. , Simões, J.A. , MOUTINHO, L. , Silva, Vagner Gonçalves , Schwarcz, Lília Mortiz , Schrytzmeyer, Ana Lucia Pastore , Almeida, Heloísa Buarque de , Cancela, Cristina Donza , Silveira, Flavia Abreu , Schaan, Denise Pahl .
      Descrição: Este projeto visa explorar a dinâmica da classificação por cor/raça, etnia, gênero e orientação sexual em São Paulo e em Belém, cidades que têm lugar de honra no desenvolvimento dos estudos de relações raciais e da pesquisa sobre construção de identidades (homos)sexuais na sociedade brasileira. Assim, iremos retomar dois importantes campos etnográficos dos campos das relações raciais e sexualidade e (re)visitar algumas das principais questões e teorias que marcaram as ciências sociais nas últimas décadas. Buscaremos abordar raça, etnia, sexualidade e gênero como categorias articuladas que se materializam em corpos, coletivos e relações, com vistas a refinar a compreensão do papel desses marcadores da diferença na configuração de hierarquias sociais complexas, que operam com freqüência de modo tenso e contraditório. O estudo comparativo sobre as interfaces entre raça, etnia, gênero e sexualidade permitirá ainda lançar luzes sobre a dinâmica da cor e das performances de gênero nos mercados do amor e do sexo, incluindo as relações afetivo-sexuais inter-raciais, o mercado de trabalho e o lazer, as vivências das múltiplas formas de discriminação, as experiências na área da saúde sexual e reprodutiva, entre outros. Como se trata de um projeto de cooperação acadêmica, as viagens e missões visam, para além da pesquisa, ampliar a cooperação entre os dois programas de pós-graduação e suas linhas de pesquisa afins ao tema do projeto ( Marcadores Sociais da Diferença , PPGAS-USP e Identidade, etnicidade e gênero: diferenciações e multiplicidades e Populações Amazônicas , do PPGCS-UFPA); possibilitar intercâmbio entre jovens pesquisadores e estudantes do Norte e do Sudeste; e formar pesquisadores sensíveis às questões relativas ao complexo intercruzamento entre raça, etnicidade, gênero e sexualidade.
    • Nome do projeto: Sujeitos, convenções e diferenças: usos e circulação transnacional das categorias travesti e transexual (2012 - 2013
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: BARBOSA, B. C. .
      Descrição: Neste projeto procurou-se investigar sobre as diferenças nos sentidos das categorias travesti e transexual no Brasil e na Europa e Estados Unidos a partir de uma ampla pesquisa bibliográfica. O estágio também teve por objetivo a participação no Centro em Rede de Investigação em Antropologia em Lisboa, Portugal.
    • Nome do projeto: Ciência, política e subjetividade: controvérsias em torno do direito às transformações corporais do sexo (2016 Atual)
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: BARBOSA, B. C. .
      Descrição: Esta pesquisa visa compreender as relações entre ciência, política e subjetividade através das controvérsias em torno do direito às transformações corporais do sexo. O corpus de análise é a produção científica da medicina, psicologia e ciências sociais brasileiras no período de 1970 até 2015 e outros documentos como políticas públicas, resoluções do Conselho Federal e Estadual de Medicina, documentos internacionais de Direitos Humanos, manuais internacionais de patologias e documentos produzidos pelos movimentos sociais. Acredito que o mapeamento destas controvérsias é uma forma de investigar: (1) regulações classificatórias; (2) relações de poder estabelecidas entre saberes e sujeitos; (3) a geopolítica da circulação global de categorias e convenções; (4) disputas e tensões entre diversos campos científicos e a reivindicação de direitos pelos movimentos sociais. Aproveitando o material documental colhido durante o doutorado, a pesquisa investe em um levantamento de teses, dissertações, livros e artigos das áreas citadas acima. A proposta tem por objetivo relacionar esta produção científica com as discussões em torno das políticas públicas e a reivindicação de direitos dos movimentos sociais, procurando construir intertextualidades e evidenciar tensões e disputas entre os diferentes atores envolvidos na controvérsia.
    • BARBOSA, B. C. ; Camargo, Felipe Maeda . Travestis e transexuais não se limitam à definição médica. 2010 - Entrevista dada a agência de notícias da usp
    • Graduacao:
      • Curso: Psicologia
        Nome da Instituição: Universidade Estadual de Londrina
        Ano de conclusão: 2007
    • Mestrado:
      • Curso: Ciência Social (Antropologia Social)
        Nome da Instituição: Universidade de São Paulo
        Ano de conclusão: 2010
    • Doutorado:
      • Curso: Ciência Social (Antropologia Social)
        Nome da Instituição: Universidade de São Paulo
        Ano de conclusão: 2015
    • Pos-doutorado:
      • Nome da Instituição: Universidade Estadual de Campinas
        Ano de conclusão: Atual
        Status do curso: Em_andamento
    • Universidade Estadual de Londrina:
      • Tipo de vínculo: Livre (2003 - 2007 ).
        Outras informações: livre
    • Nucleo Londrinense de Redução de Danos:
      • Tipo de vínculo: Livre (2007 - 2007 ).
        Outras informações: Neste estágio foi realizado atendimento em psicoterapia breve, além de trabalhos que visavam promover a discussão acerca de temas como gênero, sexualidade, cidadania, direitos-humanos, direitos sexuais. Estes trabalhos estavam inseridos no projeto do Centro de Referência em Direitos Humanos GLBT e eram promovidos assim com a população GLBT, além de profissionais de serviços básicos, tais como em escolas e postos de saúde.
        Outras informações: Estagiário de Psicologia
    • Clínica Psicológica da UEL:
      • Tipo de vínculo: Livre (2007 - 2007 ).
        Outras informações: Neste estágio foi realizado atendimento clínico com base psicanálitica com supervisões semanais em grupo.
        Outras informações: Estagiário em psicologia
    • Universidade de São Paulo:
      • Tipo de vínculo: Outro ( - ).
      • Tipo de vínculo: Livre ( - ).
    • Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior:
      • Tipo de vínculo: Livre (2009 - 2009 ).
        Outras informações: Pesquisador de Mestrado
    • Centro em Rede de Investigação em Antropologia:
      • Tipo de vínculo: Livre (2012 - 2013 ).
    • Universidade Estadual de Campinas:
      • Tipo de vínculo: Livre (2016 - Atual ).
        Outras informações: Bolsista