Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/1995), Cristiano Novaes de Rezende fez seu Mestrado na Universidade de São Paulo (USP/2002), sob a orientação de Marilena Chauí, sobre as relações entre a teoria do conhecimento, a ontologia e a ética de Baruch Espinosa, a partir do conceito de 'emendatio intellectus' (como bolsista FAPESP). Também na Universidade de São Paulo, desenvolveu seu Doutorado (USP/2009), sob a orientação de Luiz Henrique Lopes dos Santos, sobre as relações de oposição e continuidade entre a lógica aristotélica e a teoria espinosana da definição genética, nos quadros de uma defesa da filosofia de Espinosa contra as acusações de eleatismo que lhe foram tradicionalmente dirigidas. Atualmente, elabora pesquisa sobre as matrizes tardo-escolásticas do amplo debate que, na modernidade, cercou o conceito de definição genética, concedendo particular atenção a filósofos que, como Zabarella e Suarez, constituem importantes mediações entre os autores seiscentistas (não só Espinosa, mas também Hobbes, Clauberg, Heereboord, Tschirnhaus e outros mais) e a tradição aristotélica clássica. Neste exame da produção histórica das modernas teorias da definição genética, o foco conceitual da investigação se concentra nas relações entre lógica, matemática, ética, psicologia e medicina, ou mais exatamente, no tema da lógica como Medicina Mentis, que já se encontrava implícito no conceito de 'emenda do intelecto', estudado no mestrado, e na caracterização de uma lógica espinosana da imanência, trabalhada no doutorado. A unidade deste percurso de pesquisa também se exprime na atividade docente do autor, que, (1) de 2002 a 2004, atuou como professor na Graduação em Psicologia da Universidade Mackenzie, em São Paulo, nas disciplinas de Filosofia, Metodologia Científica e Processos Psicológicos Básicos, bem como, na mesma universidade, na Graduação em Filosofia, nas disciplinas de Lógica e Teoria do Conhecimento; (2) de 2006 até o presente, participa do Curso de Especialização em Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP, onde atualmente integra a coordenação e ministra a disciplina Bases Lógico-Filosóficas da Pesquisa em Psicopatologia; (3) desde o segundo semestre de 2009, atua como colaborador na Graduação em Medicina, na Pós-Graduação em Medicina Preventiva e Social e na Extensão em Ética da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Os resultados deste conjunto de atividades de pesquisa, docência e extensão (de 1997 a 2009) encontram-se divulgados, quer sob a forma de apresentações em colóquios, congressos, etc., quer sob a forma de publicações em periódicos acadêmicos especializados. / ÁREAS DE ATUAÇÃO: História da Filosofia, com ênfase em Filosofia Moderna e Escolástica Tardia, desdobrada principalmente nas seguintes sub-áreas: (i) Ontologia (respostas às aporias eleatas na constituição da ontologia espinosana; o conceito de imanência em Espinosa; teorias da causalidade eficiente na Escolástica Tardia e na Filosofia Moderna); (ii) Lógica (fundamentação do princípio de não-contradição na lógica clássica; teorias da definição na Escolástica Tardia e no século XVII); (iii) Teoria do Conhecimento (distinções e articulações entre imaginação, razão e intelecto na Escolástica Tardia e no século XVII); (iv) Epistemologia e História da Ciência (a revolução científica dos séculos XVI e XVII e a fundamentação da matematização da natureza na ciência moderna); (v) Ética (distinção entre ética e técnica; relações entre conhecimento, liberdade e felicidade na "querela entre antigos e modernos"); (vi) Psicopatologia (análise de pressupostos filosóficos nas nosologias psquiátricas e psicanalíticas); (vii) Filosofia e História da Medicina (o estatuto epistêmico da Medicina Antiga e seu legado para a Medicina dos séculos XVI e XVII; relações entre lógica, ética e técnica no contexto da Medicina Contemporânea).

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