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Fabio Mallart Moreira

    • Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Metodista de São Paulo. Mestre em Antropologia Social e Doutor em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Estágio doutoral pelo Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA, Universidade do Minho, Portugal). É membro do grupo de pesquisa "Cidade e Trabalho", Laboratório de Pesquisa Social (LAPS), Departamento de Sociologia da USP. Autor de "Cadeias dominadas: a Fundação CASA, suas dinâmicas e as trajetórias de jovens internos", publicado pela Editora Terceiro Nome/Fapesp (Coleção Antropologia Hoje, 2014). Organizador do livro "BR 111: a rota das prisões brasileiras" (Editora Veneta/Le Monde Diplomatique Brasil, 2017). Tem interesse pelos seguintes temas de pesquisa: sistema penitenciário, sistema socioeducativo, medida de segurança, psicofármacos, tecnologias de poder e controle, violência de Estado.

       

      Links:    

    • MALLART, Fábio ; GODOI, R. . BR 111: a rota das prisões brasileiras. São Paulo : Editora Veneta/Le Monde Diplomatique Brasil, 2017 . 160p. ISBN: 8595710163.
    • MALLART, Fábio . Cadeias dominadas: a Fundação CASA, suas dinâmicas e as trajetórias de jovens internos. São Paulo : Editora Terceiro Nome/Fapesp, 2014 . 264p. ISBN: 9788578161316.
    • MALVASI, P. ; SALLA, F. ; MALLART, Fábio ; MELO, R. . Saberes da encruzilhada: militância, pesquisa e política no sistema socioeducativo ETNOGRÁFICA , v. 22 , p. 75 - 96 , 2018. ISSN: 21822891.
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Cadeia ping-pong: entre o dentro e o fora das muralhas PONTO URBE , v. 21 , p. 1 - 16 , 2017. ISSN: 19813341.
    • GODOI, R. ; MALLART, Fábio . Apresentação do Dossiê 'Dados e Atualidades da Pesquisa em Prisão no Brasil' ARACÊ DIREITOS HUMANOS EM REVISTA , v. 4 , p. 8 - 13 , 2017. ISSN: 23582472.
    • MALLART, Fábio . Du Statut de l?enfant et de l?adolescent aux « prisons dominées »: Dynamique de fonctionnement du système socio-éducatif d?internement Bresil(s) , v. 7 , p. 211 - 227 , 2015. ISSN: 22570543.
    • MALLART, Fábio . Salve Geral: áreas urbanas, instituições prisionais e unidades de internação da Fundação CASA em comunicação R@U : REVISTA DE ANTROPOLOGIA SOCIAL DOS ALUNOS DO PPGAS-UFSCAR , v. 3 , p. 293 - 314 , 2011. ISSN: 21754705.
    • MALLART, Fábio . Encarceramento e medicalização: técnicas de produção e de gestão do sofrimento. Políticas de drogas no Brasil: conflitos e alternativas, v. 1, p. 7 - 452, 2019.
    • CAMPELLO, U. Ricardo ; MALLART, Fábio . Sobre coleiras e pílulas: tecnologias de gestão prisional em São Paulo. Espaços de Reclusão: questões teóricas, metodológicas e de investigação, v. 3, p. 59 - 77, 2017.
    • MALLART, Fábio . Gestão Neuroquímica: pílulas e injetáveis na prisão. BR 111: a rota das prisões brasileiras, v. 1, p. 127 - 137, 2017.
    • MALLART, Fábio ; GODOI, R. . Vidas Matáveis. BR 111: a rota das prisões brasileiras, v. 1, p. 21 - 33, 2017.
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Por uma etnografia das transversalidades urbanas: entre o mundão e os dispositivos de controle. Ensaios sobre justiça, reconhecimento e criminalidade, v. 1, p. 433 - 456, 2016.
    • MALLART, Fábio . Unidades dominadas: a dinâmica de funcionamento de determinados espaços de internação da Fundação CASA. Ciência da Delinquência: o olhar da USP sobre o ato infracional, o infrator, as medidas socioeducativas e suas práticas, v. 6, p. 145 - 160, 2014.
    • MALLART, Fábio . Morrer antes da morte . Le Monde Diplomatique Brasil , São Paulo , 01 jul. 2019.
    • MALLART, Fábio ; MATTAR, M. ; RUI, T. ; TELLES, V. S. . Fazer sumir: políticas de combate à cracolândia . Le Monde Diplomatique Brasil , São Paulo , 01 jul. 2017.
    • MALLART, Fábio . As pílulas e a prisão: produção e gestão do sofrimento . Le Monde Diplomatique Brasil , São Paulo , 01 mar. 2016.
    • MALLART, Fábio ; GODOI, R. . Vidas matáveis, morte em vida e morte de fato . Le Monde Diplomatique Brasil , São Paulo , 05 nov. 2015.
    • RUI, T. ; MALLART, Fábio . Pela descriminalização de todas as drogas, inclusive, do crack . Site da Plataforma Brasileira de Políticas Sobre Drogas , São Paulo , 13 out. 2015.
    • RUI, T. ; MALLART, Fábio . A cracolândia, um potente conector urbano . Le Monde Diplomatique Brasil , São Paulo , 09 out. 2015.
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Por uma etnografia das transversalidades urbanas: entre o mundão e os dispositivos de controle. In: 39º Encontro Anual da Anpocs , 2015 , Caxambu - MG. Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs. : , 2015.
    • MALLART, Fábio . 'Unidades dominadas': uma análise da interação entre agentes distintos de um ponto de vista relacional. In: I Encontro Nacional de Antropologia do Direito (ENADIR) , 2009 , São Paulo. Anais do I Encontro Nacional de Antropologia do Direito. : , 2009.
    • MALLART, Fábio . 'Salve Geral': a Fundação CASA na rede de comunicação do PCC. In: 27 Reunião Brasileira de Antropologia , 2010 , Belém. Brasil Plural. : , 2010.
  • Outras Produções Bibliográficas: 1
    • MALLART, Fábio ; TELLES, V. S. ; GODOI, R. ; ARAUJO, F. A. ; VIANNA, A. ; EFREM FILHO, R. ; GRILLO, C. C. . Estado de Choque. São Paulo : Le Monde Diplomatique Brasil , 2019 (Organização de dossiê para o Le Monde Diplomatique Brasil)
    • MALLART, Fábio . Parecer ad hoc para Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia da Universidade Federal Fluminense. 2017 (Parecer)
    • MALLART, Fábio . Parecer ad hoc para Ponto Urbe - Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP. 2015 (Parecer)
    • MALLART, Fábio . Parecer ad hoc para Primeiros Estudos - Revista de Graduação em Ciências Sociais da USP. 2015 (Parecer)
    • MALLART, Fábio . Parecer ad hoc para Educação e Pesquisa - Revista da Faculdade de Educação da USP. 2015 (Parecer)
    • MALLART, Fábio . Parecer ad hoc para Educação e Pesquisa - Revista da Faculdade de Educação da USP. 2014 (Parecer)
    • MALLART, Fábio . O arquipélago e os subterrâneos: porosidades da prisão. 2019 (Seminário)
    • MALLART, Fábio . Prender e matar: tecnologias de gestão de populações. 2019 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Fronteiras porosas: a prisão em suas conexões com o 'fora' e seus espaços diferenciais por dentro. 2019 (Congresso)
    • MALLART, Fábio . No rastro das conexões: ressonâncias entre punir e reprimir, assistir e cuidar. Palestra ministrada os estudantes da Unidade Curricular de Práticas de Investigação II, curso de doutoramento em Sociologia da Universidade do Minho (Portugal). 2018 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Vidas matáveis: desigualdade, encarceramento e letalidade policial em São Paulo. Palestra ministrada aos estudantes da Unidade Curricular de Investigação Aplicada em Criminologia, do curso de licenciatura em Criminologia e Política Criminal da Universidade do Minho (Portugal). 2018 (Conferência)
    • MALLART, Fábio ; CAMPELLO, U. Ricardo . Nouveaux diagrammes, vieilles connexions: échanges contemporains entre prisons et hôpitaux psychiatriques à São Paulo (Brésil). 2018 (Comunicacao)
    • MALLART, Fábio . Prisões e hospitais psiquiátricos: novos diagramas, velhas conexões. Palestra ministrada aos estudantes do Mestrado em Crime, Diferença e Desigualdade, Universidade do Minho (Portugal). 2018 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Circuito carcerário-assistencial: punir, assistir e cuidar em tempos de políticas neoliberais. Palestra ministrada aos estudantes do Mestrado em Crime, Diferença e Desigualdade, Universidade do Minho (Portugal). 2018 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Porosidades: a prisão em suas conexões e seus fragmentos internos. 2017 (Seminário)
    • MALLART, Fábio . Circuito carcerário-assistencial: produção e gestão de corpos considerados indesejáveis e perigosos. Apresentação de trabalho aos estudantes da Unidade Curricular de Desenvolvimento e Políticas Sociais, curso de mestrado em Sociologia (Universidade do Minho - Portugal). 2017 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Las consecuencias humanas del encarcelamiento. 2017 (Comunicacao)
    • MALLART, Fábio . Encarcelar, matar y medicar: dinámicas penitenciarias en la ciudad de São Paulo. 2017 (Conferência)
    • MALLART, Fábio ; CAMPELLO, U. Ricardo . Abolicionismo penal: interfaces entre militância, pesquisa e política. 2017 (Seminário)
    • MALLART, Fábio ; CAMPELLO, U. Ricardo . Metamorfoses do sistema prisional em São Paulo: a máquina carcerária em suas figurações contemporâneas. 2017 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Seguir os fluxos: a pesquisa de campo em distintos territórios. Apresentação de trabalho aos estudantes da Unidade Curricular de Métodos e Técnicas de Investigação Criminológica, Instituto Universitário da Maia (ISMAI - Portugal). 2017 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Fazendo mover, fazendo parar: entre prisões, abrigos, ruas, pessoas e documentos. 2017 (Conferência)
    • MALLART, Fábio ; CAMPELLO, U. Ricardo . Direitos humanos e guerra: torções, agenciamentos e mobilizações da gramática humanitária. 2017 (Comunicacao)
    • MALLART, Fábio . Pílulas e Injetáveis na prisão: tecnologias de gestão de populações, de espaços superlotados e de condutas individuais. 2016 (Simposio)
    • MALLART, Fábio ; CAMPELLO, U. Ricardo . Sobre coleiras e pílulas: tecnologias de gestão prisional em São Paulo. 2016 (Outra)
    • MALLART, Fábio . As pílulas e a prisão: técnicas de gestão de corpos indesejáveis e perigosos. 2016 (Comunicacao)
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Cadeia ping-pong: entre o dentro e o fora das muralhas. 2016 (Congresso)
    • MALLART, Fábio . Captura e fuga: a gestão governamental dos infames. 2016 (Seminário)
    • MALLART, Fábio . Cadeias dominadas: a Fundação CASA, suas dinâmicas e as trajetórias de jovens internos. 2016 (Conferência)
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Por uma etnografia das transversalidades urbanas: entre o mundão e os dispositivos de controle. Apresentação ao Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (GEAC-USP). 2015 (Outra)
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Transversalidades urbanas: a circulação dos infames por distintos territórios da cidade. 2015 (Outra)
    • MALLART, Fábio ; RUI, T. . Por uma etnografia das transversalidades urbanas: entre o mundão e os dispositivos de controle. 2015 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Entre a lógica punitiva-carcerária e a lógica medicalizante: técnicas de gestão de corpos indesejáveis e perigosos. 2015 (Congresso)
    • MALLART, Fábio . Fronteiras porosas: a simetria entre o sistema socioeducativo de internação e o sistema carcerário. 2015 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Cadeias da Fundação CASA: dinâmicas de uma instituição em trajetórias de jovens internos. 2014 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Cadeias dominadas: a simetria entre as unidades de internação da Fundação CASA e o sistema penitenciário. 2014 (Comunicacao)
    • MALLART, Fábio . Cadeias dominadas: jogos de poder no cotidiano da Fundação CASA. 2013 (Outra)
    • MALLART, Fábio . 'Unidades dominadas': algumas considerações sobre a relação estabelecida entre adolescentes da Fundação CASA e integrantes do PCC. 2010 (Outra)
    • MALLART, Fábio . 'Salve Geral': áreas urbanas, instituições prisionais e unidades de internação da Fundação CASA em comunicação. 2011 (Simposio)
    • MALLART, Fábio . Unidades dominadas: a dinâmica de funcionamento de determinados espaços de internação da Fundação CASA. 2013 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Cadeias dominadas: dinâmicas de uma instituição em trajetórias de jovens internos. 2013 (Conferência)
    • MALLART, Fábio . Dos lares da Febem às cadeias do Comando: a dinâmica institucional cravada na trajetória de um interno. 2012 (Seminário)
    • MALLART, Fábio . 'Salve Geral': a Fundação CASA na rede de comunicação do PCC. 2010 (Congresso)
    • MALLART, Fábio . 'Unidades dominadas': uma análise da interação entre agentes distintos de um ponto de vista relacional. 2009 (Outra)
    • MALLART, Fábio . Presídios utilizam medicalização como estratégia de controle social. 2018 Brasil de Fato
    • MALLART, Fábio . Fundação CASA: 'o encarceramento em massa favoreceu a expansão e consolidação do PCC'. 2014 Portal Fórum
    • MALLART, Fábio . São Paulo pratica redução informal da maioridade penal, diz antropólogo. 2014 Portal Última Instância
    • MALLART, Fábio . CDH-SP discute abusos de funcionários da Fundação Casa. 2013 TV Brasil
    • MALLART, Fábio . Fundação CASA reproduz lógica do sistema prisional adulto. 2013 Agência USP de Notícias
    • MALLART, Fábio . Regime das unidades assemelha internos da Fundação Casa a detentos, afirma antropólogo. 2013 Jornal GGN
    • MALLART, Fábio . São Paulo opera uma redução informal da maioridade penal, diz antropólogo. 2015 Revista Brasileiros
    • MALLART, Fábio . ?Tirando os políticos, ninguém mais ganha?: A redução da maioridade penal em debate promovido pelo Le Monde Diplomatique. 2015 Site do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC)
    • MALLART, Fábio . O PCC, o governo de São Paulo e uma lógica que não é feita para funcionar. 2015 Revista Fórum
    • MALLART, Fábio . Prender é poder matar. 2018 Estado de Minas
    • MALLART, Fábio . Na prática, SP já reduziu a maioridade penal, diz antropólogo. 2014 PONTE: Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos
    • MALLART, Fábio ; CUNHA, M. I. . Seminário Internacional "Punição, Prisão e Cidade: cenários transversais e contextos transnacionais". 2017 (Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA - Universidade do Minho))
    • MALLART, Fábio ; TELLES, V. S. . Entre punir e reprimir, assistir e medicar: tecnologias de gestão de corpos considerados indesejáveis e perigosos. 2017
    • MALLART, Fábio ; CUNHA, M. I. ; TELLES, V. S. . A porosidade das muralhas: ressonâncias e transversalidades entre a cidade e a prisão. 2018
    • MALLART, Fábio ; HIKIJI, R. S. G. . 'É tudo nosso': algumas considerações sobre as unidades de internação 'dominadas' (Relatório de Qualificação). 2010
    • Nome do projeto: Cadeias dominadas: dinâmicas de uma instituição em trajetórias de jovens internos (2009 - 2011
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: MALLART, Fábio , HIKIJI, R. S. G. .
      Descrição: Este trabalho, baseado em pesquisa etnográfica desenvolvida em uma instituição de controle social, a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação CASA), debruça-se sobre o deslocamento do universo institucional ao longo do tempo, tendo como ponto de partida a criação da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM), em pleno contexto de ditadura militar. Trata-se de etnografar o movimento ininterrupto da instituição, isto é, de vê-la a partir de uma perspectiva processual, atentando para as figurações sociais que emergem das relações estabelecidas entre os atores que circulam pelas distintas unidades de medida socioeducativa de internação. Tendo como base a reconstituição de três trajetórias, procura-se desvelar a dinâmica de funcionamento dos distintos espaços institucionais, iluminando as tensões que os caracterizam, bem como os incessantes embates travados entre os atores sociais que se movimentam em tal contexto. Se em um primeiro momento, nos defrontamos com os antigos espaços de internação, caracterizados, entre outros traços, pelas acentuadas disparidades de força entre os adolescentes e os funcionários, com o reordenamento do universo institucional, veremos que em algumas Unidades de Internação, conhecidas como cadeias dominadas, os internos tornam-se os principais responsáveis pela gestão da operação cotidiana de tais unidades. Espaços institucionais em que os adolescentes orientam as suas ações de acordo com os preceitos do Primeiro Comando da Capital (PCC), que, vale notar, também operam no sistema prisional, bem como nas periferias de São Paulo, o que torna evidente que tais territórios, ainda que hajam particularidades, encontram-se conectados, isto é, na mesma sintonia.
    • Nome do projeto: A gestão do conflito na produção da cidade contemporânea: a experiência paulista (2014 - 2018
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: MALLART, Fábio , RUI, T. , TELLES, V. S. , GODOI, R. , SALLA, F. , HIRATA, D. , ALVAREZ, M. C. , MALVASI, P. , MINHOTO, L. D. .
      Descrição: Tomando como referência empírica mudanças urbanas recentes ocorridas em São Paulo, capital e cidades do interior, este projeto pretende investigar os diferentes nexos que articulam processos de gestão dos espaços urbanos, governo das populações, instituição de dispositivos securitários e criação de novos mercados, bem como os campos de conflito que se configuram em torno dessas formas de controle e gestão dos espaços urbanos. A análise enfatiza a tendência à adoção de estratégias crescentemente militarizadas de gestão de espaços e territórios urbanos considerados de risco. Essas estratégias estão estreitamente relacionadas a uma expansiva policialização de condutas e ao desenvolvimento de dispositivos jurídicos de exceção. Ao debruçar-se sobre as mudanças que hoje redefinem o funcionamento dos mercados ilegais e informais da cidade, as operações securitárias de intervenção em espaços urbanos e os impactos decorrentes da política de encarceramento em massa, a investigação busca compreender a face atual desse processo de gestão militarizada de espaços urbanos. Sem desconhecer as práticas e as tradições que plasmaram uma concepção militarizada de segurança pública no Brasil, o que importa assinalar é o possível engate contemporâneo entre esse padrão histórico de controle social militarizado e as tendências que impulsionam um urbanismo militar de novo tipo. Desse ponto de vista, trata-se de refletir sobre os desafios que o reforço recíproco entre esses processos - a um tempo locais e globais - põem para a compreensão da face política das configurações urbanas recentes, bem como das modalidades de conflito e contra-condutas emergentes e que entregam os sinais de uma cartografia política da cidade, que nos interessa reconstruir ao longo das pesquisas contempladas pelo projeto
    • Nome do projeto: Punição, Encarceramento e Medicalização: técnicas de gestão de corpos indesejáveis e perigosos (2015 - 2019
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: MALLART, Fábio , TELLES, V. S. .
      Descrição: Esta proposta de trabalho, tendo como base pesquisa etnográfica realizada em distintos territórios urbanos, consiste em uma tentativa de compreender as crescentes práticas de encarceramento em massa e medicalização que, como duas linhas de força entrelaçadas, conectam periferias urbanas, prisões e unidades de internação da Fundação CASA. Tratam-se de territórios urbanos que se configuram como objetos de ações governamentais que operam a partir de lógicas complementares. Por um lado, tem-se a existência de um vetor punitivo-carcerário que, entre outros efeitos, gerou o encarceramento de milhares de pessoas nas duas últimas décadas. Por outro, nota-se a existência de um vetor medicalizante, que opera na gestão dos corpos daqueles que sobrevivem em áreas periféricas, mas também na contenção dos que foram confinados em instituições de controle social. Nesse sentido, o encarceramento e a medicalização via substâncias psicotrópicas configuram-se como técnicas de gestão interrelacionadas. Trata-se de apreender esses dois vetores - entendidos como um conjunto heterogêneo de práticas, discursos, leis, instituições e políticas governamentais - como se constituíssem um mesmo dispositivo de controle, que opera na gestão de corpos indesejáveis e perigosos
    • Nome do projeto: Pobreza, Desigualdade e Sociabilidade (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) (2010 - 2012
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: MALLART, Fábio , ALMEIDA, R. .
      Descrição: Trata-se de um projeto destinado à produção de estudos etnográficos realizados em contextos de ?situações periféricas?. Levando em conta os resultados anteriores do projeto, aprofundamos as proposições teóricas referentes aos mecanismos de amenização da pobreza e de reprodução da desigualdade social. Vale ressaltar que ao longo desta etapa de trabalho, as atenções estiveram voltadas à favela de Paraisópolis, localizada na zona sul da cidade de São Paulo. Três linhas de investigação foram desenvolvidas: (a) a qualidade dos laços sociais formais e informais existentes na região (família, religião, associações e ?mundo do crime?); (b) a violência simbólica, compreendida como uma gramática social que classifica hierarquicamente tanto localidades no interior do espaço urbano quanto setores da população, por meio de estigmas e status a eles conectados; (c) a vulnerabilidade política devido à relação entre essa população e o Estado (aqui tomado como um continuum de políticas que tanto podem ser inclusivas quanto induzir à segregação);
    • Nome do projeto: Avaliação do Programa De Braços Abertos da Prefeitura de São Paulo (2014 - 2015
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: MALLART, Fábio , RUI, T. .
      Descrição: O projeto em tela busca realizar uma avaliação preliminar do Programa Braços Abertos, conduzido desde janeiro de 2014 pela Prefeitura da cidade de São Paulo-BR, sob gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), e implementado na região que ficou notadamente conhecida como cracolândia. Objetiva-se colher informações junto a usuários do programa para verificar o impacto deste em suas vidas cotidianas e em seus hábitos de consumo de crack. Para tanto, a avaliação será organizada de forma a contar com dois tipos de levantamento e informação, de natureza quantitativa e qualitativa, baseados na coleta de questionários em dois tempos (dezembro de 2014 e maio de 2015), bem como em análises aprofundadas de narrativas. Espera-se contribuir com uma avaliação rigorosa, ainda que preliminar, do programa, além da sistematização de seus aspectos positivos, visando multiplicação das boas práticas de redução de danos
    • Graduacao:
      • Curso: Jornalismo
        Nome da Instituição: Universidade Metodista de São Paulo
        Ano de conclusão: 2006
    • Mestrado:
      • Curso: Ciência Social (Antropologia Social)
        Nome da Instituição: Universidade de São Paulo
        Ano de conclusão: 2011
    • Doutorado:
      • Curso: Sociologia
        Nome da Instituição: Universidade de São Paulo
        Ano de conclusão: 2019
    • Universidade de São Paulo:
      • Tipo de vínculo: Livre ( - ).
      • Tipo de vínculo: Livre ( - ).
    • Centro Brasileiro de Análise e Planejamento:
      • Tipo de vínculo: Colaborador (2010 - 2015 ).
        Outras informações: Integrante do Núcleo de Etnografias Urbanas, coordenado pelo Prof. Dr. Ronaldo Almeida
        Outras informações: Pesquisador
    • Centro de Estudos e Pesquisa em Educação Cultura e Ação Comunitária:
      • Tipo de vínculo: Livre (2008 - 2009 ).
        Outras informações: Educador social
    • Programa Albert Einstein na Comunidade de Paraisópolis:
      • Tipo de vínculo: Livre (2006 - 2008 ).
        Outras informações: Coordenador de projeto
    • Open Society Foundation, OSF, Canadá:
      • Tipo de vínculo: Livre (2015 - 2015 ).
        Outras informações: Pesquisa de avaliação do programa De Braços Abertos, da prefeitura de São Paulo. Realização de pesquisa etnográfica e produção de relatório, ambos realizados entre fevereiro e junho de 2015.
        Outras informações: Pesquisador