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Fernando Del Pozzo Graciano de Souza

    • Bacharel e mestrando em filosofia pela Universidade de São Paulo. Possui experiência em História da Filosofia Medieval, dedicando-se atualmente ao estudo da obra de João Duns Escoto. Membro dos grupos de estudo CEPAME (Centro de Estudos de Filosofia Patrística e Medieval) e GELM (Grupo de Estudos de Latim Medieval).

       

      Links:    

    • POZZO, F. D. . A constituição do ente na obra de João Duns Escoto. 2023 (Comunicacao)
    • POZZO, F. D. . Sobre haecceitas, o princípio de individuação em João Duns Escoto. 2023 (Comunicacao)
    • POZZO, F. D. . Agostinho e Duns Scotus: Tópicos Sobre a Liberdade. 2022 (Comunicacao)
  • Projetos de Pesquisa: 1
    • Nome do projeto: Sobre 'haecceitas', o princípio de individuação segundo João Duns Escoto (2023 Atual)
      Natureza: Pesquisa
      Integrantes: DEL POZZO, F. , ESTÊVÃO, José Carlos .
      Descrição: O principal objetivo da pesquisa é buscar uma definição do conceito de haecceitas introduzido na história da filosofia por João Duns Escoto. Com isso, esperamos elucidar como se dá a possibilidade de uma distinção formal mas não real colocada no centro do debate sobre a individuação do ente. Segundo Duns Scoto, essência e existência estão unidas de tal modo que a atualização da forma não se necessita mais do que a haecceitas. Isso não significa que haja, nesse processo, a individuação pela formação de um composto, e que não é a matéria, nem a forma e sequer o composto que são a causa da individuação. Segue-se que (i) o princípio de individuação, ou seja, a haecceitas, é em primeiro lugar algo positivo e também (ii) aquilo que há de mais próprio do ser que a determina. Tal conceito é apresentado como a última atualização da forma, que gera a última realidade do ente (ultima realitas entis). Para definir o conceito de haecceitas, precisamos passar por diferentes pontos da filosofia do autor. Nesta pesquisa, nos restringiremos a um deles, levantando a hipótese de que a tese da univocidade do ente leva à possibilidade de descartar a matéria como princípio de individuação, tal como se fazia na maior parte das leituras da época. Daí decorre a necessidade de propor a haecceitas como algo que dê conta da atribuição da individualidade nas espécies compostas com a matéria, suportando diversos indivíduos. E aqui se põe a principal questão do trabalho que é justamente a de elucidar este conceito tendo em vista sua relação com a tese da univocidade do ente. Para tanto, seguiremos a argumentação de Duns Scoto exposta em sua Ordinatio II, distinctio 3 pars 1, onde o autor confronta as teorias contemporâneas e expõe a sua própria posição sobre individuação. Além disso, propomos nos debruçar sobre suas Quaestiones super libros Metaphysicorum Aristotelis, libri VII e Reportata Parisiensia II, distinctio 12, onde além da discussão sobre o tema, o autor cunha propriamente o raro termo haecceitas.